FOGO do SERTÃO
Se chove fogo em
pleno serrado
Se a própria
brisa desvia de mim
Se não há sombra
nem cais neste pasto
Só o calor que
judia sem fim
Mais fogo eu
trago em meu regaço
Mais arde a alma
vermelho-carmim
Mas forte e
quente em meu peito te abraço
Tua forma e
imagem tua pele cetim.
De sequidão na
garganta o pranto se foi....
De febre e sede
se tange o clarim....
Não sei de mim,
só sei do aço...
Que corta na
pele...Que corta “ni” mim.
De dor e fogo o
couro engelhado
De seco beijo a
fina pele ardida
Obra de um sol
de ódio agravado
De lábios secos
sem prece parida.
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