quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Borboletas ( Prosa - 07)



Não vejo o mundo como sempre vi....
Não mudou o mundo...? Mudo eu...
Meu olhar não é o mesmo olhar
Assim, olho diferente, um mundo que por isso,
Torna-se diferente para mim...
Vejo oportunidades e gravidezes...
Vejo em laços partidos e alianças quebradas ...caminhos.
Jamais deixarei de honrar os mortos.
Jamais de luto.
Sempre vou olhar para trás, também para à esquerda e para à direita
Mas sobretudo, para frente.
Há uma velha  casa a consertar.
Vou pintar as telhas de vermelho-terra.
Vou pintar as cercas de azul-celeste.
Não vou amaldiçoar as folhas que caíram no chão.
Vou abençoar a árvore para quem a perda de uma folha é o prenúncio
De outra nova estação.
E sempre que sentir saudades, plantarei flores...
E quando assolado pela nostalgia e solidão...
Vou lembrar das borboletas.
Asas maravilhosas e um céu majestoso eram apenas promessas
À lagarta feia em um casulo escuro...
E ela ganhou o céu.
E eu também ganharei...
Quanto mais tempo levar
Mais forte as asas ficarão
Mais longe eu vou voar.
À sombra do velho casulo vou deixar uma mensagem às outras lagartas.
“Mudei!”.
“O céu me convidou eu aceitei o convite”.
“Mudei!”.

Turandor de Tamarata.
11/05/07 ( 9:40h)

Máximas:
“O peixe que morre pela boca é aquele que encontrou o que mais desejava...
No lugar errado.... Na ponta do anzol”.

“Se uma abelha te ferrar, cuida apenas da ferida,
a vingança acaba com o mel”.

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