quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Janela ( Prosa - 15)



JANELA
Janela do tempo.... O avesso


Olho por uma janela.
Vejo através do cristal liquido.
Prisão  dourada essas janelas do tempo
Amplio minha percepção e sinto.
O tempo me pregou uma peça.
Retroceder, não  posso...
Não, sem deixar de ser.
Não sem des-fazer....
E eu vejo você...
Atravessar não posso.
O Holandês Voador que nunca voltará para casa.
O tempo me pregou uma peça.
Acelerei a alto preço
E você todo o tempo estava bem atrás de mim.
Minha sombra e minha promessa.
Como desfazer essa magia?
Como prender o tempo num beijo.
Sussurrar teu nome soaria o alarme
Você presa na torre. Eu prisioneiro do tempo.
Posso tocá-la, mas não posso tirar esta máscara de ferro.
Volto a caminhar, te percebo com o canto dos olhos...
Sinto teu beijo queimar meu coração
Vai passar, digo a mim mesmo.
Mas sei que não vai passar.
Claro que eu sei.
O tempo passa, mas não apagará a marca em meu coração.




Nenhum comentário: