quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Lágrimas ( Prosa - 12)



LÁGRIMAS



Dentro de uma imensa floresta
Há uma pequena caverna
E dentro da pequena caverna
Um lago escuro...De águas tão
Escuras e frias que nunca se movem.

Se um homem ali entrar e em
Suas margens se despir...
Se deixar as águas abraçarem seus pés
E beijarem suas pernas
E tocar-lhe o ventre... e o peito... e o pescoço
Talvez... Talvez então ele possa chorar ...

E nem ele, nem ele mesmo vai saber que chorou...
E não vai se perguntar se podia chorar...
E não vai se perguntar de que adianta....
E não vai se perguntar se é fortaleza ou fraqueza...
Vai sair mais leve..Vai sair mais calmo
E as águas continuaram lá ...frias..escuras...silentes...
E o homem mais leve, mais calmo...
Nem vai saber o que lá deixou....

Adeus, minha querida mãe...Só chorarei de saudades agora.
Nos encontraremos em breve...
Do teu filho que te quer bem

Nenhum comentário: